segunda-feira, 28 de abril de 2008

30 minutos


30 minutos
Quando beber é sinônimo de stress


Lá vamos nós - felizes amigas – à diversão da noite de sábado. O local escolhido foi a casa noturna Dolce, onde haveria dois DJs, whisky, tequila e vodka dobrada até 1 hora da manhã. Pura felicidade, hein? Ledo engano! Chegamos 20 minutos antes de o prazo para as bebidas dobradas esgotar. Logo o primeiro ato foi seguir ao balcão e (tentar) pedir as tequilas. Vou eu, de um lado, espero, espero, espero, nada! Do outro, espero, espero, espero, nada!

Fiquei chateada, Barbara também, Rafinha foi mais paciente, tolerante com o “bom” atendimento da casa. Simone também não se estressou, tão pouco Daniel. É, Barbara, nós somos as clientes “chatas”. Começamos a elaborar estratégias para conseguir consumir as bebidinhas. E aí? Precisávamos chamar a atenção dos bartenders. Mas como? A minha querida amiga então teve a brilhante idéia de começar a retirar os canudos do (porta-canudos?) e deixá-los em cima do balcão, ou seja, inutilizá-los. Assim, enfim, chamamos a atenção!

Bebidas na mão, não tequilas, porque estas já não tinham mais. Mas vodka. E trinta minutos depois do início da operação. É! 30 minutos foi o tempo que levamos para conseguir a primeira bebida da noite. E depois de conversar, discutir, ir pra lá, ir pra cá, e até FALAR COM O GERENTE, que não resolveu porra nenhuma (sem o perdão das palavras). Já na segunda vez que fui pegar uma bebida, para chamar a atenção, precisei dizer um “meu filho, você não vai me atender?” Uma outra vez, pedi um Martini, que também não tinha. E assim foi a noite regada a vodka.

A música foi razoável, com uns “Créus”, eletrônica pop (Summer Electro Hits) e outros flashbacks. Nada contra! Foi tranqüilo ouvir e dançar isso aí. Até dançar o créu foi divertido sim, e engraçado! Comedidamente, sem ir até o chão, por falta de coordenação motora e de coragem de fazer isso. Repetindo: nada contra ao set do DJ! Mas não custa nada dizer que prefiro o som da Lotus. Ah, e não custa nada também dizer que na Lotus é fácil pegar bebida.

Para não dizer que sou tão chata, vamos reconhecer o lado bom, pois sempre há. A climatização estava boa (olha que eu fui com vestido de manga) e a decoração interessante. Não teve fila para entrar e a da saída “andou” rápido. E, ironias à parte, o som também foi legal. Aaaaah, sim! Claro! Não pagamos para entrar graças ao ingresso VIP que era até as 22 ou até a lotação da casa. Obrigada, Fernando, pelos ingressos. Aaaaaah, sim! Mais uma coisa: as companhias foram maravilhosas!


Foto: pedacinho da decoração. Ok, gostei.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Trecho de um conto

Um parágrafo do meu conto "O dia em que não saí do meu quarto":

O seu sorriso não saía da minha mente, e eu não conseguia entender o que aquele gesto queria dizer. Mesmo acordada eu tinha a imagem nítida do velho sorrindo para mim. Comecei a imaginá-lo sentado na cadeira do banheiro, à minha espera. Ao pegar a toalha para me secar, olhei para onde estava a cadeira e nada vi. Sequei o meu corpo, que tremia com aquele frio, e entrei no quarto. Olhei direto para a minha cama vazia. Fui em direção ao meu armário, peguei uma camisola, sem escolher, e finalmente deitei na minha cama. Cobri-me da cabeça aos pés, pois eu não queria olhar para o lado, afinal, o rosto do velho ainda sorria para mim, perturbando a minha imaginação.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Esse cara CAZUZA




Foto publicada no jornal O Globo em 1988 (eu tinha dois aninhos eheh) E hoje estou falando dele. É por isso que o poeta está vivo! "O poeta não morreu, foi ao inferno e voltou, conheceu os jardins do Éden e nos contou"

Ele teria completado 50 anos no dia 04 de abril de 2008. Mas ele faleceu aos 32 nos. Morreu jovem. Ele escreveu versos belíssimos, emocionantes, excitantes. Imagine se ele estivesse vivo, escrevendo e cantando até hoje? Seria maravilhoso! Hoje, terça-feira 08, disse na sala de aula de Literatura que eu queria que os versos dele fossem meus. A professora estava falando sobre quando temos vontade de que alguma obra seja nossa, então eu prontamente falei que sabia bem o que era aquilo, porque queria que os versos dele fossem meus.

Mas no bom sentido, claro. É que eu gosto tanto das suas músicas, que queria que elas fossem minhas. Sou fã? Será? Sim! Mas eu acredito que se ele fosse vivo e eu o visse eu talvez nem fosse falar com ele. Ou, talvez, se falasse, diria somente que gosto demais do som que ele faz. Só isso. Não pularia no seu pescoço, nem puxaria a sua roupa. Isso já é histeria, péssimo.

Ouço o som do Cazuza desde pequenininha. Sobre música, aqui em casa, eu não tenho do que reclamar. Tenho lembranças de ouvir o Raul Seixas, por exemplo. E o meu irmão me chamava carinhosamente de rainha do rock’n’roll. Ouvia também o Cazuza, claro. Temos até hoje vinis dele. Mas eu era ouvinte passiva, pois escutava porque os outros escolhiam. Mas talvez eu curta tanto o Cazuza graças à minha família. É por isso que o meu filho também o ouvirá passivamente. Enquanto eu ouço, ele ouve. E, quem sabe, anos depois, ele também será fã.

Hoje eu escolho escutá-lo sempre, faz parte do meu dia-a-dia. E estou ouvindo agora a fim de ter mais inspiração para escrever. As minhas prediletas são...

Fora de ordem, escreverei no “fluxo da consciência”:

POR QUE A GENTE É ASSIM: “mais uma dose, é claro que eu estou a fim” “você tem exatamente, um minuto pra aprender a me amar” “você tem a vida inteira para me devorar”

MAIOR ABANDONADO: “eu to perdido, sem pai nem mãe, bem na porta da tua casa, eu to pedindo, a tua mão, e um pouquinho do braço” “mentiras sinceras me interessam”

BETE BALANÇO: “Bete Balanço, meu amor, me avise quando for a hora”

VIDA LOUCA VIDA: “vida louca vida, ninguém vai nos perdoar, nosso crime não compensa”

VIDA FÁCIL: “tin tin a tua corte agradece” “um brinde, o nosso astro merece” “ao seu fã clube fiel dá autógrafo é talão de cheques”

BLUES DA PIEDADE: “agora eu vou cantar pros miseráveis” “vamos pedir piedade, senhor, piedade pra essa gente careta e covarde”

BRASIL: “grande pátria desimportante, em nenhum instante eu vou te trair”

PRECISO DIZER QUE TE AMO: “quando a gente conversa, contando casos, besteiras” “tanta coisa em comum, deixando escapar segredos”

FAZ PARTE DO MEU SHOW: “digo alô ao inimigo, encontro um abrigo no peito do meu traidor” “faz parte do meu show”

UFA! Chega, por enquanto...

Parabéns, Cazuza, onde quer que você esteja.

Ah, para terminar, tem quem diga que queria ter ido a um show dos Beatles. Né, Guito? Eu queria ter ido a um show dos Beatles, do Raul, da Legião. Mas queria muitoooo ter ido a um show dele, com o Barão, durante sua carreira solo, ah, queria, fosse como fosse!!! Muito, muito, muito!

Cada um com as suas preferências, né? :D