domingo, 17 de agosto de 2008

Sensibilidade

Foi a palavra que me ocorreu para chamar de inspiração. Dizem que inspiração pode vir do nada, dizem que é um estalo. Surge. Eu, apesar de acreditar que técnica se aprende, sim, também admito que inspiração vem “do nada”. É como quando a gente está em um lugar cheio de gente estranha, cheio, cheio que faz calor, e surge uma frase, uma idéia. Mas aí acontece que nem sempre a gente tem um pedaço de papel, e a gente não anota, não toma nota. E o que acontece? Esquece! Porra! Tinha uma frase perfeita, um título e tanto, e esqueci. A sensibilidade para mim, no meio daquela gente estranha, não valeu de nada. Porque esqueci o título brilhante.

A idéia, pelo menos, ainda está aqui. Então me resta escrever sobre ela sem o título arisco e irônico que tinha me ocorrido. Que merda. Fazer o quê? Pensar, tecnicamente, em um título que provavelmente não será tão provocativo. Mas será um título, ué?! Meio caminho andado. E hoje também não tem foto. Deixa pra lá, até porque a foto que preciso para ilustrar a idéia não foi tirada na minha máquina. Então não públicarei o texto sobre a idéia, nem a foto que a ilustra. Por enquanto.

sábado, 2 de agosto de 2008

Enquanto João Ubaldo Ribeiro ganha o Prêmio Camões...


Paulo Coelho se auto-declara o intelectual mais importante do país, em entrevista publicada pela revista masculina Playboy. Apesar de nunca ter lido um livro sequer que ele escreveu, eu acredito que a sua obra serviu para popularizar a leitura no país. Não digo isso com base em pesquisa, falo apenas a partir de impressões minhas, depois de ver os seus livros serem vendidos como encarte de jornal, conhecer gente que o leu quase por inteiro rsrs e ver que os seus livros, mesmo nas livrarias, não são caros. Ou seja, são acessíveis. No submarino, por exemplo, O Alquimista pode ser encontrado por R$ 17,30. Já Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo, pode ser encontrado por R$ 51,90. A acessibilidade tenho de reconhecer que existe, fazer o quê? Mas daí a se dizer o mais importante, sei não...

Muitos colegas lá de Letras cairiam na gargalhada se me ouvissem relatar essa notícia. Pois lembro bem de, ainda no primeiro semestre, eu argumentar sobre a acessibilidade dele, que, bem ou mal, serve para que as pessoas leiam mais, e ouvir que ele era superficial. Quanto a ele ser superficial, eu não posso relatar a minha impressão, porque não o li. Quanto a pesquisa, não posso comprovar numericamente a minha impressão de que o povo lê Paulo Coelho. A pesquisa mais acessível a mim no momento é a enquete da Folha Oline, que perguntou se os leitores concordavam com a declaração do escritor Paulo Coelho. E de um total de 1.831 votos, 93% eram discordando da declaração do escritor.

Já sobre João Ubaldo eu posso falar um pouco, pois li Viva o Povo, vi entrevistas suas, assisti a inúmeras aulas sobre ele e ainda pude perceber como ele é bem quisto na Ilha de Itaparica-BA, local onde nasceu. Ele ganhou o Prêmio Camões 2008, o “mais importante reconhecimento a autores da língua portuguesa”, segundo O Globo Oline rsrs. Ele é o oitavo escritor brasileiro a ganhar o prêmio. Os outros já consagrados foram: João Cabral de Melo Neto (1990), Rachel de Queiroz (1993), Jorge Amado (1994), Antônio Cândido de Mello e Sousa (1998), Autran Dourado (2000), Rubem Fonseca (2003) e Lygia Fagundes Telles (2005).

É... Adaptando o ditado... “Contra fatos não há contra-argumentos”!!! Diante de tantos escritores consagrados, para que certas declarações?! Soa pretensioso. Eu não sei mais se destacarei o lado bom da obra do escritor Paulo Coelho depois dessa. Agora, o que eu teria para contar nas aulas é: ô, gente! Ele também tem o seu valor, o que é isso? A escrita dele é popular. Por outro lado, a explosão editorial faz o cara se achar: vejam que ele disse a Playboy que se considerava o intelectual mais importante do país. É, gente! Sim! Saiu na Playboy de agosto de 2008, a que tem Carol Castro na capa. Não, eu não vi a revista, não comprei a revista! Tá me estranhando, ohw?! Vi essa notícia publicada na Folha Online. :P