quinta-feira, 17 de julho de 2008

Operação Satiagraha


ISTOÉ – A PF prende os criminosos de colarinho branco, mas eles acabam não passando mais do que três dias na cadeia. Isso não gera um sentimento de impunidade?

Corrêa – Não. É preciso que se faça uma diferenciação. Existem dois tipos de prisão que acontecem nesses casos, a temporária e a preventiva. Elas cumprem seu papel na produção de provas, para que as pessoas sejam ouvidas e aconteçam operações de busca e apreensão. Ou seja, a pessoa é presa temporariamente para que não possa interferir no processo de investigação. Depois disso, manter as pessoas presas seria uma violência contra o cidadão. Daí, segue o processo com o cidadão em liberdade aguardando o trânsito em julgado, para uma condenação ou não.

Esse é um trecho da entrevista de Luiz Fernando Corrêa, concedida à revista Istoé e publicada no exemplar de 16 de julho de 2008. Ele é diretor geral da Polícia Federal, e saiu de férias na última terça-feira (15/07) tsc tsc. Quando li a pergunta, lembrei de imediato de quando soube que Daniel Dantas já estava solto. Realmente, quando ouvi a notícia de que ele havia saído da cadeia, pensei que essa operação da Polícia Federal acabaria em impunidade. Ah! Vai dar em nada...

A pergunta da ISTOÉ a Corrêa foi bastante oportuna, pois acredito que muita gente gostaria de fazê-la tetê-a-tête com uma autoridade. Afinal, quantos aqui nunca ouviram ou falaram que no Brasil apenas os pobres ficam presos, que quem é rico não é condenado, que corrupto rouba e depois vai viver bem longe e etc. Quer a resposta do diretor de férias esteja coerente ou não, o sentimento da gente é que essa gente do colarinho branco sai ilesa mesmo.

E... Como será que terminará essa operação? Tsc tsc

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